O PODER DA MANDALA
O significado da palavra “Mandala” tem origem na linguagem clássica indiana, muitas tradições e entendimentos são atribuídos à Mandala, algumas culturas a entendem apenas com uma forma de “círculo”.
Ela é muito mais do que possamos imaginar é o elemento da plenitude, organizador das nossas bases de vida, é o elemento que nos liga ao infinito, às energias cósmicas e ao mesmo tempo, é o canal que nos liga à nossa mente a interação entre o elemento externo, o corpo, e o interno, a alma.
Em todos os aspectos da nossa vida, a Mandala se faz representar no universo, através dos “círculos celestes” tais como o sol, a lua, a terra na forma conceitual do círculo, representa a nossa roda dos amigos, da família e da comunidade.
Entendendo a Mandala, podemos mudar a nossa relação com o mundo, com os amigos, com o planeta, nas artes plásticas, a Mandala é a profusão de cores, o elemento ou formas geográficas e símbolos que nos levam ao estado contemplativo.
Nas civilizações primitivas, o ciclo cósmico, representa o calendário anual, na arquitetura brasileira, encontramos a Mandala na Catedral de Brasília na planta do pavimento superior, é uma forma perfeita, quando observada ou pintada, produz um efeito de “movimento”, o movimento do universo, nosso movimento interior.
Nossos processos e vivências são compreendidos e interpretados através desse movimento, da meditação, é um elemento para uso terapêutico, e a sua eficiência depende da nossa reciprocidade e interação do momento.
No centro da Mandala, temos a representação do homem, na geometria, o quadrado representa o mundo material, o círculo, o mundo espiritual, da divindade e o triangulo, com vemos o mundo, pode ser desenhada no jardim, através de espaços circulares onde os elementos e cores das plantas utilizadas favorecerão aos moradores ou usuários atingir a harmonia e paz interior, através da contemplação e utilização do espaço.
É bastante utilizada na harmonização dos ambientes quando aplicada a técnica do feng shui, a melhor forma de captar e estar receptiva ao entendimento e sentimento da Mandala é através da harmonia interior, conquistada através de uma alimentação equilibrada, ambiente harmónico e paz interior O composto de manda = essência e la = conteúdo, seja entendida como “o que contém a essência” ou “a esfera da essência” ou ainda “o círculo da essência”, “círculo mágico” ou “concentração de energia”, em palavra sânscrito, universalmente a mandala é o símbolo da integração e da harmonia, são diagramas geométricos rituais, alguns deles correspondem concretamente a determinado atributo divino e outros são a manifestação de certa forma de encantamento (mantra). É um yantra circular que simboliza o Universo, representa também a procura pela paz interior, a qual é retratada pelos padrões entrelaçados e que têm como finalidade a própria orientação do pensamento, auxilia a meditação. A visão do mundo representada pelo Mandala, embora abraçada por algumas religiões orientais, agora começou a emergir em culturas religiosas e seculares ocidentais, a consciência da Mandala pode ter o potencial de mudar a forma como nos vemos, nosso planeta, e talvez até nosso próprio propósito de vida
Na antiguidade, no século VIII a.C. são usadas como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação (sobretudo no Tibete e no budismo japonês) e durante muito tempo, a Mandala foi usada como expressão artística e religiosa, através de pinturas rupestres, no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, nas thangkas tibetanas, nos rituais de cura e arte indígenas e na arte sacra de vários séculos. NO BUDISMO, a mandala é um tipo de diagrama que simboliza uma mansão sagrada, o palácio de uma divindade, são pintadas como thangkas e representadas em madeira ou metal ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma, quando a mandala é feita com areia, um ritual de mandala de areia desse povo pode durar de cinco a nove dias e variar muito seu em tamanho. logo após algumas cerimônias, a areia é jogada em um rio, para que as bênçãos se espalhem, tal como as cores da flor de lótus, um dos principais símbolos budistas, as cores das mandalas significam, o branco simboliza a pureza, o azul simboliza a sabedoria, o vermelho simboliza a compaixão. NO TIBETE, representa as diversas dimensões da consciência espiritual e o estado de iluminação, é constituída de cinco importantes aspetos, o interior da mandala é um círculo que representa o Cosmo, nele estão as divindades Hevjara e Nairatma representando a iluminação, enquanto à sua volta estão as darkinis, que são oito figuras femininas, representando os pontos cardeais, à volta do círculo há um quadrado com quatro aberturas, as quais representam gentileza, compaixão, simpatia e serenidade, em torno desse quadro, por sua vez, encontram-se círculos que representam os aspetos cósmicos, a energia e a atmosfera, fora dos círculos existem algumas figuras que têm como função a proteção. NA PSICOLOGIA, a simbologia universal do círculo e da representação simbólica da psique com as funções de conservação da ordem psíquica, tomada de consciência, integridade e criação. NA NATUREZA, está presente também na natureza, o girassol, os anéis das árvores, cujos espirais representam o Universo. NA ESPIRITUALIDADE, o maior monumento budista do mundo se assemelha a uma mandala, chama-se Borobudur e é formado por pisos onde estão 504 estátuas de Buda, simboliza o esclarecimento e o caminho para alcançá-lo, aparece em todos os aspetos da vida, os círculos celestes que chamamos terra, sol e lua, bem como círculos conceituais de amigos, família e comunidade. OS ÍNDIOS, simboliza o espaço sagrado e o círculo da vida, criaram rodas medicinais e mandalas de areia, o calendário circular asteca era um dispositivo de cronometragem e uma expressão religiosa de antigos astecas. As mandalas são objetos de devoção em hindutântrico e no budismo tântrico (Budismo Vajrayana) e também são usados no Jainismo , podem ser pintados em papel, madeira, pedra, pano ou mesmo em uma parede, mesmo templos inteiros podem ser construídos como mandalas gigantes. Os métodos utilizados na criação de mandalas são muito precisos e combinados com diferentes rituais, incluindo os cantes de fórmulas sagradas, a divindade principal é considerada a força geradora do mandala e as divindades secundárias são vistas como manifestações do poder da imagem central, é um suporte para a meditação ou como imagem para ser visualizada mentalmente, ela é capaz de organizar as energias e forças internas. Nas práticas do Reiki, para criar uma Mandala de Cristais, são obviamente necessários alguns cristais, é necessário limpá-los e purifica-los, programá-los, com os símbolos do reiki, emanam uma energia que permite ao observador ingressar em um estado mental recetivo, tomando a mente humana mais calma para harmonizar a vida e permitir uma aproximação com a energia divina. A Mandala pode ser usada para a cura emocional dando mais saúde e vigor físico, para a cura de ambientes, como familiar, profissional ou para um lugar especial onde vai se meditar, psicoterapia e atendimento clínico, pode inspirar a serenidade e ajudar a reencontrar um sentido e ordem na vida. Namasté.