A CRUZ HERMÉTICA

Um dos emblemas mais conhecidos da Sociedade Rosa Cruz é a Cruz Hermética, ela nos traz símbolos importantes, é a figura de uma grande cruz do Cristianismo que representa a entrada do homem no processo reencarnatório, na matéria, chamado de Crucificação, simboliza o momento em que entramos em experiências de dualidades, representadas na cruz pelo braço vertical e horizontal. Na Cruz Hermética encontramos as quatro consciências que estruturam o homem durante suas encarnações; a mental, a emocional, a física e a molecular. Como parte central desta Cruz estão outros elementos presentes no nosso existir, no centro está o ponto da Unidade de onde tudo partiu, este ponto como a Monada individual, formando com ele uma rosa de cinco pétalas, que representa nossos 5 sentidos, através deles estabelecemos contato com o mundo externo em que viveremos, as perceções que temos dele são enviadas à nossa parte emocional e a mental para que estabelecer os conceitos. As quatro direções do espaço a que temos de estar ligados, são os quatro pontos cardiais, a perceção do mundo material não pode ser unilateral, nos quatro cantos do mundo. Um dos primeiros segredos da Rosa Cruz é a divisão da Rosa que está dividida em 3 partes: A primeira (interna) com 3 pétalas simboliza três letras mães, representa o mundo superior e nos revelam as três forças da Trindade; Vontade, Sabedoria e Amor, o macrocosmo e mundo divino. A segunda com 7 pétalas, relaciona-se com os 7 planetas sagrados, 7 estados de consciência, o mundo intermediário, nele estão os sete planetas sagrados; Sol, lua, marte, mercúrio, Vênus, júpiter e saturno e as 7 letras duplas do alfabeto cabalístico. A terceira com 12 pétalas, ligada ao último círculo, representa os 12 signos do zodíaco, que indicam nossas tendências no momento de nosso nascimento, letras do alfabeto cabalístico Hebreu, sendo 3 signos para cada elemento no quaternário, ar, fogo, água e terra, relacionado cada triplicidade à uma ponta, estes três círculos juntos, Trindade, Planetas e Signos, exibem neles as 22 letras do alfabeto hebraico, ou os 22 caminhos da Cabala, estes caminhos são os atalhos que escolhemos trilhar para concretizarmos dez potências que são os dez Sephiroth cabalísticos. Suas cores também se relacionam aos 4 estados de consciência, sendo o amarelo a cor da causa, da mente e do ar, onde temos o princípio hermético do mentalismo, "tudo é mental": O fogo no vermelho dos sentimentos, o azul da água e da vitalidade e, na parte inferior, manifestação plenamente densificada e "polarizada" no tetragramaton e hexágono, representando a terra (mundo físico), malkut na Cabala. A Luz do Hexagrama = equilíbrio das forças de cima com as de baixo e o pentagrama (tetragrammaton ) com as 4 cores representando o universo manifestado. Os 3 círculos centrais que formam a "Rosa" vemos 22 pétalas, simbolizando plenamente os 22 Arcanos Maiores, ligados aos arquétipos de espiritualidade estão dentro de nós para serem trabalhados Na parte molecular vemos o pentagrama, isto é, a estrela de cinco pontas o uso mais antigo do pentagramas data de 3.500 AC que foi descoberto pela Arqueologia em cerâmicas da Mesopotâmia, celtas, egípcios, gnósticos e antigos cristãos adoravam este símbolo para eliminar o mal, era usado em curas, os gregos de Pitágoras usavam como emblema de perfeição, os pés estão pisando objetivamente a terra a cabeça voltada para o alto, para o transcendente e seus braços abertos abençoam a humanidade, símbolo do homem perfeito sua forma é traçada com uma única linha, representa a trajetória da nossa evolução. Ponto 1 (parte espiritual), vai ao ponto 2 abaixo (forma embrionária), subimos a lateral direita 3 (1º plano da existência) nascimento do emocional, depois a lateral esquerda 4 (2° plano da existência) nascimento do mental, seguimos com a linha para baixo o 5 (plano da purificação) por fim retornamos ao número 1 retornando ao espírito.

Ao lado do pentagrama estão os símbolos dos quatro elementos da natureza e que estruturam o nosso corpo físico; água, terra, ar e fogo. Acima do pentagrama encontra-se o símbolo da 5° essência ou o 5º elemento que é na Cabala o éter Yesódico, a quinta essência da matéria, a parte vital da matéria, o corpo etérico, na ponta da parte molecular, estão os símbolos alquímicos manipulados na Alquimia; Enxofre, Mercúrio e Sal. O enxofre era chamado em latim Sulfor, o elemento ígneo, chamado” Fogo Criador”, a alma do universo que, necessita dos outros dois elementos para a sua expressão. O mercúrio é a matéria volátil, com sua mobilidade expandia no universo a potência criadora do enxofre. O sal fez a matéria primordial se agregar, é o grande mantenedor da forma, dissolvido no oceano, simbolizava o homem que embora inserido num infinito oceano cósmico do Absoluto pode ser isolado, separado como uma individualidade. Os três elementos enxofre, mercúrio e sal foram também chamados de “elementos filosóficos” posto que correspondiam na Alquimia à doutrina pela qual o homem é visto como um ser trino onde Criação (enxofre), Expansão (mercúrio), e Manutenção (Sal) totalizam o seu ciclo evolutivo. Os quatro raios longos que se estendem por trás da cruz simbolizam os raios da luz divina ou cósmica, estes raios tem as letras: “ÍGNEA NATURA RENOVA E INTEGRA" (o fogo da natureza promove a renovação integral), as letras dos raios menores representam as primeiras letras dos nomes ressonantes usados pelos gregos e egípcios nas suas antigas escolas de mistérios. As 12 letras exteriores, que se encontram divididas de 3 em 3 em cada letra do INRI, representam os signos do zodíaco. As quatro projeções por trás da pequena rosa cruz são as pontas da cruz de Malta, símbolo do equilíbrio perfeito das energias. Por fim, vemos também o símbolo Rosa Cruz, a rosa dentro da cruz, que possui uma profunda simbologia, a alma e o corpo, a união com a finalidade cósmica de evolução da essência através das vidas no plano físico A carreira exterior de pétalas corresponde aos Doze Signos Zodiacais e nelas estão escritas as Letras Hebraicas que correspondem a eles. As pétalas tem a cor da Escala do Rei, que é atribuída aos vinte e dois Caminhos da Árvore Kabbalística da Vida. A Rosa no centro da Cruz representa Tiphereth, a sexta Sephira na Árvore da Vida. que é o receptáculo das forças Sephiróticas da Árvore. A Rosa Cruz, símbolo máximo de diversos grupos herméticos ao redor do globo, é a síntese da Busca do Iniciado. Representa a Cruz em Tiphereth, sendo o receptáculo e centro das forças Sefiróticas e dos Caminhos da Árvore da Vida. Curiosamente, o modelo da Rosa Cruz Hermética proposto pela Golden Dawn está equivocado, possui as medidas para formar um cubo, fato que foi ignorado na composição do desenho. A Rosa Cruz, símbolo máximo de diversos grupos herméticos ao redor do globo, é a síntese da Busca do Iniciado, representa a Cruz em Tiphereth, sendo o receptáculo e centro das forças Sefiróticas e dos Caminhos da Árvore da Vida. Paz profunda.